segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vertigem.

Part I


Era uma noite típica de inverno. Chovia e fazia frio. Ele já estava a mais de cinquenta minutos no trânsito e isso para rodar míseros doze kilômetros. A chuva batendo forte, os vidros embaçados. No rádio chiado tocava blues. A melancolia do seu olhar é capaz de secar até a mais viva e bela das plantas. Suas mãos geladas tremem.

- rriissssssk - huummmfff - fuufffffffffffffff -

O som do risco do fósforo, o cheiro da pólvora e a primeira tragada no Marlboro faz com que ele mude a rota que seguia.
Estaciona seu velho Dodge Charger e através dos vidros embaçados obrserva o trânsito.

- O que estou fazendo aqui? Que merda!


Quando entra no pub, quase todos o olham. Alguns observando seu velho casaco de couro e sentem o forte cheiro de cigarro, outros fitam os olhos na barba por fazer e a cicatriz na testa.

- Bourbon duplo.


Bebendo seu destilado, tenta cada vez mais lembrar do que aconteceu naquela noite de novembro. O que ele julgava ser uma visão e que ainda o atormenta a cada aparição.

- Oi.
Uma voz feminina, suave mas num tom áspero, uma voz conhecida. Ele vira e lá está ela, a sua visão. O seu tormento.

- Você.
- Quero beber um vinho, me paga?

Ele sempre faz suas vontades. Porque? E sempre fazia sem nem saber porque. Sem nem saber seu nome. Mas ela o dominava sempre que o encontrava e era sempre ela que o encontrava, por mais que ele tentasse somente ela o encontrava. Só ela.

Eles bebem seus goles em silêncio, apenas se olham, olhos nos olhos. Quem observa os dois pode perceber a ligação. Ela poe sua delicada mão com suas unhas vermelhas sobre a mão dele:

- Preciso que me leve daqui, agora.


Ele balança a cabeça, suspira angustiado.

- Porque? Mais um de seus luxos, que faço sem nem saber o porque?
- Droga! Você não entende! Preciso sair da cidade e só posso contar com você.
- Ok. É só isso que você quer de mim? Eu faço, mas você vai ter me falar tudo o que eu quiser saber. Tudo!

- Digo tudo o que quiser ouvir babe mas preciso que me leve daqui e ainda hoje.

Ele olha distante enquanto bebe seu ultimo gole de bourbon. Olha nos olhos dela e ela retribui com olhar de fogo. Balança a cabeça, levanta-se, a toma pela mão e seguem para o velho Dodge preto.

- Você não imagina o quanto isso é importante pra mim.
- Você que não imagina.





Continua...
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Aos transeuntes, espero que gostem e aguardem a sequência.

=)

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Shot's!

- In english very well... Oh God! Gimme power! Hohohohohohoh...

- Cara, habemus água! Pra caralho! Viremus sapus!

- Taj! Obrigado por existir! Sem você eu jamais testaria minha curta paciência em uma fila interminável para gastar um saco de dinheiro e ainda sair feliz. Obrigado! Merda. Hahahahahahahahah...

- Bata! Como foi a semi?! =D


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Abraços!

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