terça-feira, 13 de outubro de 2009

Causa Mortis.

A mente dispersa. Fragmentos das idéias mais loucas. As vezes os olhos se ofuscam com a água que surge com simples pensamentos. Sente os braços pesados, os ombros tensos por uma angústia constante mas de poder intermitente, que ora quase desaparece, ora cai sobre seu corpo como uma avalanche de emoções.

Ela sabe que seus sintomas é de alguém cuja a vida lhe guarda muitas supresas, poucas mudanças e apenas uma certeza.

Ela sabe que vai morrer. Vai agonizar, definhar. Ela sabe que cada tic do relógio a mais é um tac a menos de vida.

Mesmo tendo motivos para sorrir, nas manhãs frias e cinzentas, minutos depois lhe vem os pensamentos mais obscuros. Lhe vem tudo o que poderia ter vivido e o que deixou de viver por conta de ter vivido tão intensamente algo que um dia lhe fez feliz.

Ela sabe. Só ela sabe do que vai morrer, porque só ela sabe o que sente e ninguém pode ajudá-la.

Causa Mortis: Amor.


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Abraços a todos e boas vindas antecipadas ao novo colaborador, André - O Ligeiro.

2 comentários:

  1. Pensa num texto phoda! Boa, Roger.
    Pergunta: Faz parte da Vertigem?

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  2. Fala comparsa!

    Não. Esse foi um texto aleatório. Um povo pediu pra eu liberar algumas coisas guardadas, então o farei, mas em doses homeapáticas.

    =)

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