Frustração. Oi?

Não lembro se falei sobre minhas frustrações aqui em algum post, mas vamos lá.

Como todo ser humano, tenho frustrações. São com coisas que são realmente importantes e também com coisas irrelevantes. Ou não. Sou um "dj" frustrado. Já toquei pra um monte de gente (milhões de anos luz), tenho equipamento para tocar, no entando, sem sucesso. Sou frustrado por não viajar longas distâncias, tipo, saír do país ou parar lá na Bahia (opa, Bahia não, irmão). Mas qual é a importância de frustrar-se com coisas desse tipo? Será que teria aprendido algo realmente relevante se eu, por exemplo, tocasse pra uma multidão numa balada bahiana? Será?

Os "serás" sempre presentes.

Frustração afetiva, quem curte? Sou frustrado com meus relacionamentos amorosos. Sempre faço de tudo pela pessoa que gosto. Carrego no colo se for preciso. No entanto, me fodo, de verde e amarelo nos meus relacionamentos. Será que faço errado? Sendo super atencioso e tentando cuidar pra caramba da pessoa que amo? Frustrado por não ser mais presente na vida dos meus pais. Tá certo que pai e mãe moram mega longe, mas do tanto que eu gasto, será que não rolava eu guardar um pouco pra visitá-los com certa frequência?

Não sei muito explicar, mas estou me sentindo totalmente frustrado hoje e conversando com a graça da @duartecarol (babão! tãnãnã, babão!) percebi isso ainda mais. Como eu sou uma pessoa frustrada. Mas então, pensando ainda mais friamente, eu deveria me sentir assim?! Alguém que saiu "do nada" e tem o que tem hoje (ok, uma lujinha e um carro financiado, mas tem) deveria sentir-se frustrado? O pior é não saber a resposta disso. E pior ainda é ter tantas dúvidas, beirando os 30 anos de vida.

Ok. Vamos pensar então que este é um sentimento passageiro. O que seria ótimo, tá!

--------------------------------------------------------

Conversando com a @duartecarol lembrei do meu pai e do post que dediquei a ele. Lembrei de tantas coisas. Lembrei de um filme que me lembra muito ele, A Procura da Felicidade. O filme me lembra muito não só ELE, mas o que vivi com ele em uma determinada etapa da minha vida. Talvez estes acontecimentos tenham feito o homem que sou. Bravo, duro e ao mesmo tempo de coração aberto à todos e sempre tentando acolher todo mundo. Uma cena que me lembra muito um fato que nos ocorreu num inverno forte de Porto Alegre é quando o Will Smith dorme com o filho no metrô. Poucos sabem, mas quando tinha 10 anos, estava com meu pai, recém separado da minha mãe. Ele não tinha dinheiro nem para comer e estava muito, mas muito frio. Estávamos na Rua da Praia/Rua dos Andradas, numa praça que não lembro o nome. Era tarde, muito tarde e eu vestia uma camiseta e dois moletons. Ele vestia uma camisa de manga longa e um blazer. Ele sentou no banco, com os olhos marejados, tirou o blazer e pediu: "Deita aqui no colo do pai." Então deitei e ele me cobriu com o blazer. Inverno de 5º. Dormi numa praça com meu pai.

E eu ainda me sinto frustrado? Olho pra trás e devo lembrar de tudo o que passei para chegar até aqui. E deveria nunca mais me sentir frustrado por não tocar pra uma multidão na Bahia. Pensem nisso.

--------------------------------------------------------

Está tarde. Vou tomar banho, voltar pro quarto pra curtir um movie e depois mandar um SMS pro Rio. Rá!


Amanhã é aniversário da mãe Sonha. Vou lá passar o dia com ela e com meu irmão @josekalluf.

Abano.



Um beijo para Carol. =)
----

Agora toca The Cure - Friday, i'm love!


PS.: Não corrijo texto. Não sou redator e nem revisor.